quarta-feira, 3 de março de 2004

Eis um post longo
Talvez esse seja o post mais longo da história do blog. Já vou avisando.

Sobre amigos
Vejo meus amigos queridos me amparando e oferecendo um ombro, e não posso deixar de me sentir uma péssima amiga, sendo que, quando eles precisaram de um ombro, independentemente da situação, fiz, na minha opinião, muito pouco (e, por vezes, com atraso) para que eles se sentissem melhor. Chego a pensar que não sou digna de amizades tão maravilhosas, já que, quando alguém precisa de mim, nem sempre estou "lá". Sou grata, por isso, a todos vocês, que me consolam mesmo sabendo que, como não sou a melhor com palavras faladas, provavelmente nunca conseguirei retribuir à altura esse carinho e preocupação exteriorizados. Peço perdão pela minha falha, ao mesmo tempo em que tento dizer, aqui, que espero que todos vocês saibam que sou toda ouvidos quando quiserem desabafar...

Sobre os (meus) desabafos
É complicado quando algumas palavras teimam em não sair da minha boca. Eu queria contar tudo pra todo mundo, mas tudo o que sai é "nhá!" (patético, eu sei). Por isso, achei melhor escrever (já que, escrevendo, tenho um pouco mais de força) algumas coisas que eu queria dizer.

Alguns dos (meus) desabafos
É claro que eu amei. É claro que fui (extremamente) feliz. E é claro que dói saber que, agora, minha alma está em stand-by, por tempo indefinido. Mas o que dói mais é reconhecer a minha fraqueza, já que sucumbi aos meus próprios questionamentos; acabei plantando interrogações e colhendo problemas (idiota, eu sei).
É claro que não fui a única a fazer esforços para fazer as coisas funcionarem; mas por que diabos eu sempre acho que os esforços maiores foram meus, que apenas eu me desdobrei em mil para que não houvesse problemas, que eu sofri mais, que eu chorei até meus olhos caírem? Por quê?!

Talvez seja algum problema de megalomania não-tão-latente...

Aí veio a segunda colheita; será que vale a pena? será que tudo vai piorar com o tempo? será que é a melhor decisão?

Tudo ficou confuso. Eu não sei o que dizer a não ser "nhá!", e isso é extremamente patético. Devorar uma caixa de chocolate é bom, mas não desse jeito.

É claro que fui feliz, e disso não tenho dúvidas. Mas a partir do momento em que comecei a questionar o único sentimento genuinamente importante numa relação, pedi pro mundo parar (parem o mundo! parem o mundo!); quem sabe assim a minha cabeça pára de girar um pouquinho...?

É claro que amei; mas e agora? Preciso de tempo pra pensar. Enquanto penso, dói. Enquanto ainda dói, não sei bem o que fazer.

Estou confusa.

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