domingo, 25 de setembro de 2005

Votos, trapaças e dois canos fumegantes
Todo esse negócio a respeito do referendo anda causando certa polêmica. E, mesmo sabendo que isso já foi tópico nos blogs da Dora e da , acho que vale a pena insistir no assunto pelo menos mais uma vez.

Para quem vive embaixo de uma pedra ou não assistiu televisão/ouviu rádio/leu jornal/navegou na Internet durante as últimas semanas, no dia 23 de outubro ocorrerá o tal do referendo. Basicamente, a venda legal de armas é permitida atualmente no Brasil, e estão perguntando a todos os votantes algo do tipo "Ei, o que é que vocês acham?".

Eu sou a favor do desarmamento, pois acho que a vida é muito melhor sem os canos fumegantes por aí. No entanto, não vou votar a favor da proibição de venda de amas. Isto é, vou votar contra a proibição, o que para muitas pessoas soa como um ato contraditório.

Mas a razão é simples: creio que, no meio da bagunça, houve uma grande confusão acerca da pergunta que está sendo feita aos votantes. A pergunta que estão nos fazendo não é "Você é a favor do desarmamento?". Se fosse, a resposta seria óbvia para pelo menos 90% da população, que está cansada de viver tendo de se desviar de balas perdidas (ou não tão perdidas). A pergunta é outra: Você é a favor da proibição da venda legal de armas no Brasil? Sim ou não?

O número de armas legais por aqui é microscópico, se comparado ao número de armas ilegais. E, como disse o Pereira, bandido que é bandido – e tem pelo menos 1/5 de cérebro – não tem arma legal. Se tiver, no mínimo é idiota, pois um dono de arma registrada pode ser mais facilmente "rastreado" caso cometa um crime.

Se o plano fosse mesmo desarmar todo mundo – o que incluiria o povo das armas ilegais –, então eu não teria dúvida alguma em dar meu apoio total e irrestrito. Mas infelizmente não é o caso. Num país em que alguns traficantes têm equipamento superior ao do exército, dificilmente conseguiremos desarmá-los apenas votando a favor da proibição da venda de armas legais. Barrar a entrada de armas ilegais no país também não é tarefa fácil, e certamente também não será feita apenas através de uma votação. Talvez a proibição da venda fizesse mais sentido se vivêssemos em um país sem tantas armas ilegais, mais pacífico e com um número de homicídios menor.

Dizer que armas em casa são um perigo é verdade. Mas nem todas elas causam acidentes (do tipo filhos atirando um no outro). Se causam, muito provavelmente o único culpado é o proprietário da arma, que não teve os devidos cuidados (Ninguém tem que ficar mostrando pros filhos onde é que guarda o troço. Os filhos não precisam e não devem saber...). E, mesmo assim, supondo que apenas uma fração das armas legais gera acidentes, trata-se de uma fração de uma minoria que tem porte de armas. Não é irrelevante; mas também não é mais relevante do que todas essas mortes por aí, resultantes de armas ilegais.

E imagine que caos seria se aqueles que têm as legais passassem a procurar as ilegais...! Aí podemos até dizer que existe a possibilidade de o comércio de armas se expandir por causa dessa necessidade que algumas pessoas sentem de se proteger por conta própria. Prefiro nem imaginar...

Por essas e outras, vou votar pelo não, mesmo sendo a favor do desarmamento. Afinal, se for pra desarmar, que seja pra valer. Se for pro outro time trapacear e continuar comprando armas ilegais, eu não quero mais brincar.

Meanwhile
... estou fazendo o meu próprio fermento! Se alguém estiver interessado, é só dar um toque. Façam como o Jonas, usem fermento! Nem que seja para fins não-culinários...! :)

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Mandinga
Mandinga boa mesmo é aquela do século XVII, tirado dos arquivos poeirentos da Inquisição... coisa que envolve gente abrindo a genella fora doras e dizendo pallauras diaboliquas. Sem roupa, é claro.


(tirado do blog do Alexandre)

Nota importante: eu nunca abri a genella fora doras para dizer pallauras diaboliquas pelada, e que isso fique bem claro.

Não fiz isso pelada, pelo menos.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

E viva o neologismo!
Nada como um bom neologismo para dar risadas. Mas o melhor disso tudo é descobrir que "formação de quadrilha", em francês, é "association de malfaiteurs". Imagino um prédio com vidros espelhados e uma enorme placa dizendo Associação Brasileira de Malfeitores. Qual será o pré-requisito para se tornar um associado? Atropelar uma velhinha?

Falando em francês
Faça o favor de atualizar o seu blog sempre, dona Mônica!

Em tempo
(Ou não-tão-em-tempo-assim)
Meu irmão, o psiquiatra, disse que um dos pacientes dele trabalhava no Hopi Hari.
Detalhe: o rapaz tinha depressão.
Alguém consegue imaginar o rapaz trabalhando no "país mais divertido do mundo"...?